Jornal da Cidade Atibaia

Quarta-feira, 24 de Dezembro de 2025
JC Atibaia
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Política

Gestão Emil Ono deixou rombo de R$ 100 milhões no orçamento de Atibaia

Por falta de planejamento ou pura incompetência a gestão anterior deixou um rombo milionário nas contas públicas. Cerca de 10% do orçamento deste ano foi para cobrir despesas que não tinham previsão de recursos para pagamento

JC Atibaia
Por JC Atibaia
Gestão Emil Ono deixou rombo de R$ 100 milhões no orçamento de Atibaia
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Aproximadamente R$ 100 milhões. Este é o tamanho do estrago deixado pela gestão do ex-prefeito Emil Ono nas contas públicas da prefeitura de Atibaia. Para tapar este buraco a atual Administração Municipal precisou desembolsar recursos e cobrir despesas fixas que a gestão anterior não planejou para o orçamento de 2025. A informação é da Secretaria de Finanças e foi divulgada na segunda-feira (8), durante evento sobre balanço das ações da Prefeitura realizadas neste ano, no Cine Itá. Este e outros temas estão sendo tratados em matérias institucionais, nesta semana, como forma de prestação de contas à população.

“O valor representou 10% de todo o orçamento do município. Isso obrigou a equipe atual a redirecionar recursos que deveriam ser investidos em melhorias e novos projetos, comprometendo parte significativa da capacidade de investimento do município”, afirmou o secretário de Planejamento e Finanças, Roberto Rolli.

Mesmo diante das dificuldades, o governo municipal atuou com agilidade e responsabilidade para garantir que nenhum serviço essencial fosse interrompido. Logo no início do ano, a Prefeitura precisou arcar com uma série de despesas urgentes que deveriam ter sido previstas e garantidas pela administração anterior. Entre elas, destacam-se R$ 25 milhões para assegurar os salários dos servidores municipais, R$ 16 milhões para evitar a interrupção do transporte coletivo operado pela SOU Atibaia, R$ 10 milhões em juros de financiamentos herdados, R$ 7 milhões para precatórios e RPVs (Requisição de Pequeno Valor), R$ 5 milhões para pagamento de royalties, R$ 5 milhões de contrapartida em projetos, R$ 4 milhões em obras emergenciais na Rua Cristiano Kisberi, R$ 2,3 milhões para despesas da Câmara Municipal, R$ 2 milhões para complementação de verbas da Saúde e R$ 1 milhão destinado à Habitação, entre outros compromissos que ficaram sem cobertura.

Transição

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Entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025, durante o período de transição de governo, a atual gestão havia recebido a informação de que o déficit nas contas públicas era de R$ 22 milhões. Uma notícia bastante negativa, porém a Administração se preparou para encarar o desafio com a missão prioritária de retomar serviços essenciais que estavam prejudicados. No entanto, logo nos primeiros meses, constatou-se que o rombo era quase cinco vezes maior que o divulgado, exigindo uma atuação imediata, intensa e tecnicamente precisa da Secretaria de Finanças. Entre janeiro e março, foi necessário realizar ajustes emergenciais, revisar contratos, reestruturar despesas e reorganizar o fluxo de pagamentos para impedir o colapso da máquina pública. O preço dessa operação, entretanto, foi alto: recursos que deveriam ter sido investidos em melhorias e novos projetos acabaram sendo utilizados para corrigir erros e cobrir despesas mal planejadas do passado.

 

Previsão para 2026

Com muito esforço, planejamento, controle rigoroso dos gastos e dedicação das equipes de Finanças, a Prefeitura conseguiu estabilizar a situação ao longo de 2025. O município encerra o ano em condições financeiras significativamente melhores e com perspectivas positivas. Para 2026, o orçamento estimado é de R$ 1,4 bilhão, e a Administração já apresentou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que define metas e prioridades e aguarda votação na Câmara Municipal. A previsão para o próximo ano inclui a retomada dos investimentos e a ampliação das ações estratégicas em diversas áreas, com foco na continuidade dos serviços essenciais, no fortalecimento das políticas sociais, na melhoria da qualidade da saúde e educação, na responsabilidade fiscal, na governança colaborativa, na sustentabilidade ambiental e na modernização da gestão pública a partir de soluções tecnológicas e processos digitais. Após enfrentar um dos maiores desafios financeiros da história recente do município, a atual Administração projeta um 2026 de avanços, estabilidade e desenvolvimento.

Com o tamanho do estrago e falta de zelo com o dinheiro público, o que se espera no mínimo por parte da Câmara Municipal é a rejeição das contas do ex-prefeito no período referente ao ano de 2024.

 

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