Uma dessas alternativas é o programa Acredita, do governo federal, do qual o Sebrae participa. Em outubro, a entidade e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciaram a criação de um fundo garantidor que pode alavancar mais de R$ 9,4 bilhões em crédito para microempreendedores e pequenos empresários, somado ao acompanhamento do tomador por meio de suporte do Sebrae. Além disso, no início do ano, a instituição disponibilizou R$ 2 bilhões por meio do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe), o que possibilitará R$ 30 bilhões em crédito ao setor em três anos.

Mais uma vez, o Banco Central prejudica
os pequenos negócios com a taxa de juros,
que ainda se apresenta como uma das
maiores do mundo. A situação dificulta
ainda mais a tomada de crédito por
parte do segmento.
Décio Lima, presidente do Sebrae.
Pesquisa
De acordo com levantamento do Sebrae, com base em dados do Banco Central, a taxa de juros em empréstimo para um microempreendedor individual (MEI) fica, na média nacional, mais que quatro vezes maior que a Selic e pode chegar, no caso dos MEI da região Nordeste, ao nível de 51% ao ano.
Segundo o estudo, a taxa média para os microempreendedores individuais está atualmente em 44%. Já para as microempresas, a média atual é de 42,49% e, para as empresas de pequeno porte (EPP), fira em torno de 31,54%.
Quando os dados são observados por regiões, a situação é ainda mais crítica. A região Nordeste superou a média nacional e tem a taxa para o Microempreendedor individual (MEI) em torno de 51% ao ano. A Região Norte está em segundo lugar, com uma taxa de 47,62% ao ano, seguida pelo Sudeste (47,09%), Centro-Oeste (44,41%) e Sul (37,21%).
Atibaia
A alta da taxa Selic tem vários impactos significativos na economia local da nossa região:
- Custo do Crédito: Com a Selic mais alta, os juros dos empréstimos e financiamentos aumentam, tornando o crédito mais caro para empresas e consumidores.
- Consumo Reduzido: O aumento dos juros desestimula o consumo, pois as pessoas tendem a gastar menos e poupar mais.
- Investimentos: A alta da Selic pode atrair investidores para títulos públicos, que oferecem rendimentos mais atrativos, mas pode desestimular investimentos em negócios locais.
- Pequenos Negócios: Pequenos empreendedores enfrentam dificuldades adicionais para obter crédito acessível, o que pode limitar o crescimento e a sustentabilidade dos negócios locais.
Esses fatores combinados podem levar a uma desaceleração econômica na região.
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